A formação inicial e continuada de professores é um tema crucial quando se discute a melhoria da educação de um país. Isso posto, apresenta-se o contexto de Guiné-Bissau, diante dos índices preocupantes sobre o acesso e qualidade educacional, segundo Rodrigues (2024).
O presente trabalho tem como objetivo problematizar as especificidades da formação docente em Guiné-Bissau, tendo em vista que se trata de um país de cultura de oralidade e de contexto multilíngue, segundo Cá (2015). Esse conhecimento tende a contribuir para a adoção de práticas pedagógicas mais inclusivas e eficazes na
formação de professores, uma vez que a oralidade desempenha um papel central na aprendizagem e compartilhamento de conhecimento.
O estudo, de abordagem qualitativa, parte da revisão bibliográfica sobre os aspectos fundamentais da aprendizagem em culturas de oralidade, de acordo com a Ong (1998) e o desenvolvimento de práticas pedagógicas que empregam a tradição oral como recurso educativo no processo de formação docente, na perspectiva de Olson (1994).